Delegado titular de Simões Filho: 'Muita coisa é boato'

Dr. Fernando, que retornou há pouco tempo de seu período de férias, afirmou que a causa da Polícia Militar é justa, mas muita gente tem se aproveitado da situação. "Logo quando cheguei, abri as ocorrências e não percebi muito fato anômalo, só coisas corriqueiras; mas, por exemplo, arrastões... Não vi nada disto nas ocorrências. Graças a Deus, o pessoal [a polícia militar simõesfilhense] não quis entrar no movimento, não teve necessidade, mas no comércio houve alguns saques, situações desagradáveis, mas com trabalho vamos tentar solucionar o problema, embora saibamos que não temos efetivo para cobrir, caso a PM daqui parasse. Agora a gente percebe que muita coisa é boato", disse o delegado.
"Com a PM na rua a bandidagem tá do jeito que tá; com a ausência se aproveita para criar aquele terror, incutir o medo e fazer da população refém. E a polícia, a força de segurança do estado não vai permitir isso", avisou.
Para ele, as implicações negativas da greve da polícia militar é um reflexo da situação geral de degradação da sociedade, legislação e instituições:
"Nós temos que pedir aos nossos legisladores que mudem a legislação. A bandidagem está desta maneira porque a legislação do nosso país é muito frágil, principalmente a penal. O bandido pode tudo. Antes se ele chegasse e me xingasse, ia preso em flagrante por desacato. Hoje ele chega, até me xinga, ouço-o em termos e libero. A falta de respeito às instituições, à família, tudo isto, esta degradação que está aí, principalmente moral, é o que está levando a essa situação de violência, de afronta aos bons costumes. A situção é muito complicada. Nós temos que mudar a legislação brasileira", sugeriu.
Nova área de abrangência
Recentemente, a área de abrangência da 22ª DT foi ampliada, passando a ser responsável pelos bairros de Cotegipe, Mapele e Aratu. Com isto o delegado se diz preocupado, já que o número de funcionários não é proporcional à nova demanda.
"Eu sempre venho questionando, solicitando aos meus superiores hierárquicos no sentido de dotar a gente de pessoal, que faça frente à área de trabalho, que já era grande, e fomos surprendidos, informados de que ia acontecer e terminou acontecendo".
Mas, apesar da nova responsabilidade, ele aguarda e acredita nas providências. "A gente vinha trabalhando no sentido de dedicação. Nós somos profissionais e não podemos nos 'arredar' do nosso trabalho, mas que é complicado é; mas graças a Deus, o nosso secretário, o delegado geral, sabe dessa situação e nós estamos aguardando para que através de concursos sejamos dotado de funcionários suficientes, principalmente agentes e escrivães", disse.
Por Rafaela Pio (RMS Notícias)
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