Delegado titular de Simões Filho: 'Muita coisa é boato'O delegado titular da 22ª DT de Simões Filho, Dr. Antônio Fernando, disse que apesar de terem ocorrido alguns saques a estabelecimentos comerciais na cidade, neste período de greve da Polícia Militar, muita coisa que se tem divulgado não passa de boatos.

Dr. Fernando, que retornou há pouco tempo de seu período de férias, afirmou que a causa da Polícia Militar é justa, mas muita gente tem se aproveitado da situação. "Logo quando cheguei, abri as ocorrências e não percebi muito fato anômalo, só coisas corriqueiras; mas, por exemplo, arrastões... Não vi nada disto nas ocorrências. Graças a Deus, o pessoal [a polícia militar simõesfilhense] não quis entrar no movimento, não teve necessidade, mas no comércio houve alguns saques, situações desagradáveis, mas com trabalho vamos tentar solucionar o problema, embora saibamos que não temos efetivo para cobrir, caso a PM daqui parasse. Agora a gente percebe que muita coisa é boato", disse o delegado.

"Com a PM na rua a bandidagem tá do jeito que tá; com a ausência se aproveita para criar aquele terror, incutir o medo e fazer da população refém. E a polícia, a força de segurança do estado não vai permitir isso", avisou.

Para ele, as implicações negativas da greve da polícia militar é um reflexo da situação geral de degradação da sociedade, legislação e instituições:

"Nós temos que pedir aos nossos legisladores que mudem a legislação. A bandidagem está desta maneira porque a legislação do nosso país é muito frágil, principalmente a penal. O bandido pode tudo. Antes se ele chegasse e me xingasse, ia preso em flagrante por desacato. Hoje ele chega, até me xinga, ouço-o em termos e libero. A falta de respeito às instituições, à família, tudo isto, esta degradação que está aí, principalmente moral, é o que está levando a essa situação de violência, de afronta aos bons costumes. A situção é muito complicada. Nós temos que mudar a legislação brasileira", sugeriu.

Nova área de abrangência

Recentemente, a área de abrangência da 22ª DT foi ampliada, passando a ser responsável pelos bairros de Cotegipe, Mapele e Aratu. Com isto o delegado se diz preocupado, já que o número de funcionários não é proporcional à nova demanda.

"Eu sempre venho questionando, solicitando aos meus superiores hierárquicos no sentido de dotar a gente de pessoal, que faça frente à área de trabalho, que já era grande, e fomos surprendidos, informados de que ia acontecer e terminou acontecendo".

Mas, apesar da nova responsabilidade, ele aguarda e acredita nas providências. "A gente vinha trabalhando no sentido de dedicação. Nós somos profissionais e não podemos nos 'arredar' do nosso trabalho, mas que é complicado é; mas graças a Deus, o nosso secretário, o delegado geral, sabe dessa situação e nós estamos aguardando para que através de concursos sejamos dotado de funcionários suficientes, principalmente agentes e escrivães", disse.

Por Rafaela Pio (RMS Notícias)

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